Por Analisa de Medeiros Brum*
A primeira pessoa que um líder precisa liderar é ele mesmo. A maneira como um líder se sente, em relação ao seu trabalho, impacta diretamente no bem estar dos seus subordinados.Algumas pessoas acreditam, inclusive, que as atitudes dos líderes capazes de inspirar pessoas resultam de intensos processos de treinamento, quando, na maior parte das vezes, são resultado da paz interior conquistada em suas vidas pessoal e profissional.
O que um líder espera das pessoas que trabalham na sua área? Certamente: iniciativa, comprometimento, entusiasmo, rapidez, capacidade de trabalhar em equipe, capacidade para encontrar a solução de problemas, entre tantos outros aspectos considerados positivos.
Mas um líder não possui uma “varinha mágica” capaz de provocar todas essas reações positivas nos seus subordinados, até porque, na maior parte das vezes, elas são intrínsecas. Ou seja, fazem parte do elemento humano e de aspectos genéticos e ambientais.
Um bom líder pode inspirar esse tipo de comportamento, mas não pode ordená-lo ou exigi-lo. A reação positiva da equipe é decorrente da ação positiva do líder. Mais do que isso, é decorrente da ação constante e não de fatos ou atitudes isoladas.
Trata-se de um esforço diário. Os líderes precisam se preparar para o exercício da liderança todos os dias, além de decidir sobre a melhor maneira de gerenciar seu tempo e seus esforços de forma a focar nos objetivos a serem atingidos.
Em resumo, para manter o seu pessoal animado, concentrado e na direção certa, o líder também precisa estar motivado e focado. Isso significa que o próprio líder é quem decide sobre a sua atitude pessoal em relação aos desafios que precisa enfrentar.
Hoje, muitas empresas já possuem processos estruturados de Comunicação Interna e Endomarketing. Mas a Comunicação Líder/Equipe é tão ou mais importante que os métodos formais, principalmente por estar alicerçada em características pessoais.
Todos nós conhecemos pessoas que exercitam a liderança positiva de maneira intuitiva, sem necessariamente terem se preparado para atuar dessa forma. Ao mesmo tempo, todos nós conhecemos pessoas carismáticas que já parecem ter nascido assim.
O carisma é uma característica fundamental para a Comunicação Líder/Equipe e deve ser algo perseguido por todos aqueles que exercem cargos de chefia.
As pessoas carismáticas costumam manter contato visual com quem estão falando. Se um líder puder observar as reações físicas do seu interlocutor, no momento em que está falando com ele, certamente poderá direcionar ou intensificar a sua mensagem para um resultado mais eficaz.
Líderes carismáticos cumprimentam as pessoas da empresa com simpatia e confiança, mesmo que não sejam da sua equipe. Líderes carismáticos lembram das pessoas, não apenas de seus nomes, mas de fatos a seu respeito que lhes permitem ir além de um cumprimento ou estabelecer uma conversa mais longa.
Mas mais difícil do que ser carismático, é servir como inspiração. Obviamente, uma pessoa carismática tende a ser considerada inspiradora, embora esta qualidade isolada não seja suficiente.
As características pessoais e profissionais que fazem de um líder uma pessoa inspiradora, se engarrafadas e vendidas, certamente valeriam muito num mercado de produtos e serviços para pessoas que exercem funções de liderança. Mas como esse produto não existe, é preciso inspirar através de fatores e características que diferem de pessoa para pessoa.
O importante é jamais esquecer que nada inspira mais do que observar alguém que faz o seu trabalho com amor, qualidade e comprometimento. E, dentro desse contexto, a integridade é fundamental, podendo ser considerada a essência de um líder inspirador.
Carisma e capacidade de inspirar são características de um líder que dificilmente conseguem ser repassadas através de um canal ou instrumento de Comunicação Interna.
Por isso, a importância da Comunicação Líder/Equipe, do contato pessoal diário, da capacidade que algumas lideranças têm de fazer com que o dia-a-dia de uma empresa possa ser prazeroso para todos.
* Analisa de Medeiros Brum é Diretora Presidente da HappyHouseBrasil, Agência de Endomarketing e Autora dos livros Endomarketing, Endomarketing como Estratégia de Gestão, Um Olhar sobre o Marketing Interno, Respirando Endomarketing, Face a Face com o Endomarketing, e Endomarketing de A a Z.